quarta-feira, 26 de abril de 2017

Dia do Índio

O espetáculo "Mororó e a Vaquinha" fez apresentação beneficente em comemoração do Dia do Índio (19 de Abril) na Escola Municipal Ana Cristina Rolim Machado no Bairro de Mangabeira em João Pessoa/PB. As crianças se emocionaram com a atividade. Teatro na escola ainda é um potente meio de aprendizado através da sensibilidade. EVOÉ!!!

Agradecimento especial ao professor de ARTES Teodoro Neto, pelo convite!


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Mororó e a Vaquinha para o Crítico Dib Carneiro

MORORÓ E A VAQUINHA
                16 de março (Pequeno Grande Encontro de Teatro Para Crianças - Curitiba/PR)

                Gostei de ver na mostra esse espaço para um espetáculo voltado para a técnica de contadores de história. Sozinho em cena, o ator e contador de histórias Simão Cunha, que também se autodirige, valoriza aspectos da cultura popular nordestina, criando histórias com estrutura de lendas, em torno do índio Mororó, da vaquinha mágica Tutuia e da árvore chamada no Cariri de Pata de Vaca.  
                Salvo momentos em que o tom do ator/contador fica monocórdio e o ritmo da história fica ralentado, o espetáculo tem grandes acertos na questão da animação de objetos. Um cabide vira o índio, pois se parece com o arco da flecha. O sino que se pendura no pescoço da vaca serve de representação da própria vaquinha. E assim por diante. Toma-se a parte pelo todo. Isso é muito rico e eloquente, um grande acerto. E Simão Cunha faz muito bem. O jogo de ressignificação dos objetos é muito rico e utilizado pelo teatro do mundo todo – e as crianças sempre aprovam e ficam vidradas nessa criatividade. Elas fazem associações pela função que os objetos têm, ou por suas formas, cores, texturas e até sons e cheiros.
                Reparei na plateia uma criança de cerca de 5 anos mostrando para o amiguinho ao lado os holofotes do teatro, na cena em que ficam verdes. Ele apontava e dizia: “Olha, está verde!” Isso é a magia do teatro, o encanto. Mesmo que crianças menores não consigam ficar o tempo todo interessadas no texto, se a peça é boa e cuidadosa essa criança descobre outros focos de interesse, como no caso desse menino com os holofotes. Teatro é essa interação espontânea.  No cenário, ressalto também as peneiras de palha que representam céu, chuva, árvores. São lindas e poéticas representações visuais, que valorizam a história que está sendo narrada pelo ator.

Dib Carneiro